O MISTICISMO DE HILDEGARD VON BINGEN
No Educação Política, 30/06/2013
Por Maura Voltarelli
A Idade Média, período que teve início por volta do século V e se estendeu até meados do século XV, não foi, como já se sabe, apenas um período de trevas e obscuridade para o conhecimento humano. Pelo contrário, a Idade Média foi um período decisivo para o conhecimento humano, de amadurecimento da vasta cultura grega que o precedeu e de preparação de um dos maiores movimentos artísticos da história do homem: o renascimento.
Impregnada por um extenso controle religioso da vida, dos hábitos, da moral, a Idade Média guarda histórias incríveis que não cessam de ser descobertas. Não se sabe muita coisa sobre elas e isso aumenta ainda mais o mistério das histórias medievais. Mistério que é também potencializado pelo misticismo do período, pelo cenário das catedrais silenciosas, dos cantos religiosos, dos cultos pagãos que resistiam. Para a mística, a Idade Média é um lugar farto, pois nenhum período esteve tão próximos dos gregos e, ao mesmo tempo, tão distante deles.
O interdito, o proibido, a ideia do pecado e, não obstante, o desejo de liberdade, de conhecimento que continuava a sussurrar nas fendas das catedrais, fez com que histórias como a de Abelardo e Heloísa, por exemplo, fascinassem gerações.
Assim como a imagem de Heloísa, filósofa e escritora, mulher com vocação para a liberdade que foi vítima das inúmeras repressões do período, uma outra mulher, da qual se sabe menos ainda, fascina pelo talento da inteligência, da perspicácia, da vontade de independência da mulher em uma época onde as correntes eram tão apertadas.
Hildegard von Bingen teria nascido em 1098 e foi uma escritora, compositora, abadessa beneditina, visionária e profundamente ligada às vertentes místicas do cristianismo.
Texto completo aqui.
Visão
Cânticos de êxtase
PS: Os dois vídeos acima foram retirados do YouTube. Outros abaixo, enquanto durarem.
Vision
Voice of the Living Light